Como um curso de água aberto, assim o
movimento de uma linha em construção acontece na tensão imponderável das
margens que vai implicando, cada uma com a sua perspectiva, a sua luz, o tempo
dos limites que lhes são próprios. São marcações de metamorfoses que se
anunciam, que se implicam. As margens desafiam o curso da linha.
Série K Azul, porque uma cópia é sempre única
«Com a «série
K azul» afirma-se simplesmente a virtude de uma perda, o saber de um
esquecimento que liberta, o fascínio por uma prática que tende para a
dispersão, que se quer campo claro, aberto, sem limitação definida de registo
determinado numa série fixa, finita e fechada.
Cada
imagem terá um número, é certo, mas este número é apenas a parte identificadora
de um momento numa ordem «sem fim» à vista, como a determinação de uma imagem
numa sequência aberta N [o conjunto dos números
naturais que vão de 0 a + ∞].
Assim,
cada imagem impressa será sempre a reprodução de uma matriz [que já em si é um
resultado], uma cópia, mas será sempre uma cópia que logo no instante
da sua aparência se torna única, exclusiva por aquele tempo que apenas a
ela corresponde: o único aberto ao mundo.»
antónio alves martins | artes breves edições
<https://artesbreves.blogspot.com/2021/05/serie-k-azul-porque-uma-copia-e-sempre.html>
Anjos do Desespero : desenhos e colagens de António Luís Catarino
António Luís Catarino
<https://derivadaspalavras.blogspot.com/search?q=anjos+do+desespero>