Quando agora digo hoje, o que digo não é, nunca será, o primeiro dia do resto da
minha vida; nem, tão-pouco, o direi à maneira de Teresa, para quem, no momento
de pura ausência em que o diz, "o amanhã já não tem ontem".
Este hoje, que agora me acontece –
apenas e só enquanto o escrevo –, resume-se ao traço rasurado de alguns ecos, dispersos
no inesperado intervalo da penumbra.