terça-feira, 2 de agosto de 2016

intervalo




como calar as tempestades de silêncio que corroem a matéria de vento, a possibilidade da seta rompendo sempre certa a iminência do deserto nas veias que aspiram ser mar de sangue, ou pó, branco círculo aberto nos dias da memória da cidade, branca noite, negros anjos em avenidas de súbito sul sem tempo, espaço imenso desprezo só na morte, ou…

maybe I’m learning / why the sea on the tide / has no way of turning

talvez…

ou será antes na rasura ou esquecimento que a página branca é, urgência do traço que desenha a linha quando a vida na textura da cicatriz vira fenda, possibilidade?